“Olha para o céu, Frederico!” entre a memória e a ficção: Uma possível releitura de José Cândido de Carvalho

Autores

  • Arlete Parrilha Sendra
  • Ingrid Ribeiro da Gama Rangel

Palavras-chave:

José Cândido de Carvalho, Campos dos Goytacazes, Memória social

Resumo

Os primeiros movimentos coreográficos que marcaram a chegada da primeira Revolução Industrial a Campos estão presentes na ficção Olha para o céu, Frederico! de José Cândido de Carvalho, publicada em 1939. Vendo na ficção um pássaro que pousa no real, observa-o e depois em ziguezagueantes voos e imaginários horizontes planta uma outra realidade, entendemos que a obra inaugural carvalhiana não é ingênua. Ela preserva a memória de um tempo marcado por um embate econômico entre os alambiques em processo de decadência e as usinas que comendo caminhões e caminhões de cana vomitavam fumaças, através de suas chaminés, signos de progresso. A narrativa tem como coadjuvantes factuais o disse-me-disse do Boulevard, as esquinas da Rua 13 de maio e os olhares pouco ou nada discretos dos olheiros da imprensa que tudo registravam nas colunas do “Monitor Campista".

Biografia do Autor

  • Arlete Parrilha Sendra
    Pós-doutora em Semiótica pela Universidade de Salamanca e doutora em Letras pela PUC/RJ. Professora da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF).
  • Ingrid Ribeiro da Gama Rangel
    Mestranda em “Cognição e Linguagem” pela Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF). Professora do Instituto Federal Fluminense (IFF). 

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Publicado

16-02-2012